A energia fotovoltaica no Japão

O Japão é uma referência para o planeta em uma série de coisas. É um povo educado, que mantém suas tradições, valoriza sua cultura parece aprender com as experiências. O uso da energia fotovoltaica no Japão é uma das coisas que parece demonstrar isso…

Uma das coisas que aprenderam com seu passado recente foi a gerar sua energia de uma forma mais sustentável, menos perigosa para um país que vive o drama de terremotos diários e consequentemente o medo constante de tsunamis.

O Japão de 1990

No final do século passado, o Japão importava cerca de 85% daquilo que utilizava para gerar energia: grandes volumes de petróleo cru, gás natural e urânio.

Pra ilustrar bem, no final de 1988, o petróleo supria o Japão com 57,3% de suas necessidades energéticas, o carvão fornecia 18,1%, o gás natural 10,1%, a energia nuclear 9,0%, a energia hidrelétrica 4,6%, a energia geotérmica 0,1% e menos de 1,5% vinha de outras fontes de energia

Com essa matriz energética, fica claro que a sustentabilidade àquela época não era uma preocupação primária.

Os desastres naturais e a geração de energia

No ano de 2011, o Japão passou por um desastre de dimensões inimagináveis.

Foi o ano em que aconteceu o Grande Terremoto do Leste do Japão e consequentemente uma série de ondas com mais de 10 metros avançaram contra a ilha.

Essas ondas percorreram mais de 10 quilômetros continente adentro e atingiram, além de casas e indústrias, a usina nuclear de Fukishima.

No momento do incidente, a usina já estava ciente do tsunami e estava em processo de desligamento. No entanto, para desligar uma usina nuclear é necessário resfriar os reatores e eles não tiveram tempo suficiente para fazê-lo.

Quando as grandes ondas chegaram à usina, o sistema de resfriamento do reator foi danificado e em seguida aconteceram três grandes explosões.

O próprio governo japonês informou que houve vazamento radioativo e identificou que o nível da radiação próximo à usina nuclear superavam em oito vezes o limite de segurança.

Sendo assim, não houve a possibilidade de escolher: toda a população num raio de 20 quilômetros da usina foi obrigada evacuar o local.

O Japão de 2019

Energia fotovoltaica no JapãoDepois desse grande desastre que causou as explosões na usina de Fukushima, o governo japonês passou a apostar em novas fontes de energia que possibilitasse superar a crise nuclear vivenciada.

Hoje em dia o Japão investe em sistemas de geração de energia renovável cerca de três vezes mais do que a Alemanha ou do que a própria China, que segue em plena expansão econômica.

Depois daquele fatídico Março de 2011, os 54 reatores nucleares do país não foram mais reativados de forma definitiva. Alguns pararam de funcionar para uma série de avaliações e outros realmente foram finalmente desligados.

Dois anos depois do desastre o Japão fechava um dos últimos reatores : o N° 6 do complexo nuclear de Kashiwazaki-Kariwa.

Atualmente alguns dos reatores voltaram a funcionar pois o país demanda imensas quantidades de energia e devido ao pequeno território ainda não conseguem produzir toda a energia utilizando métodos limpos de geração.

Os exemplos do Japão

Depois de todo este passado recente, a energia fotovoltaica no Japão parece ter tomado um outro lugar na mente do governo e das pessoas. Aparentemente eles mudaram de postura e hoje têm bons exemplos de cidades que podem funcionar de forma inteligente e mais: sem a dependência visceral da energia nuclear e outras formas poluentes de geração de eletricidade.

Fujisawa SST

Fujisawa SSTA Fujisawa Sustainable Smart Town é um projeto de cidade cuja empresa líder é a Japonesa Panasonic. Em parceria com outras 7 empresas, o grupo decidiu atender à demanda da população por energia mais segura e sustentável.

Decidiram colocar em prática o conceito de cidade inteligente:

Cidade que diminua o uso de recursos não renováveis e aumente a integração entre casas, ruas e espaços comuns.

Fujisawa SST é uma cidade sustentável a cerca de 50 quilômetros de distância de Tóquio. Ela recebeu em torno de 1,3 bilhão de reais de investimento e hoje tem aproximadamente 1000 casas.

Dentre as soluções tecnológicas implementadas na cidade, podemos citar oito áreas: mobilidade, segurança, comunidade, saúde, clube, finanças, gestão compartilhada e, obviamente, produção e consumo de energia.

Fujisawa dá preferência para a geração distribuída com kits de solar fotovoltaico residencial instalados em todas as casas.

Além das casas, os espaços públicos também são equipados com equipamentos de micro geração de energia e até o transporte pode ser feito através de carros e bicicletas elétricas.

O objetivo da escolha do solar é incentivar a geração energética independente para dar às casas a autonomia necessária em casos de desastres ou outros problemas técnicos que, apesar de raros, podem acontecer com qualquer usina de geração de energia.

Ota – A cidade solar

Ota - A cidade solarOta é uma outra cidade um pouco mais distante de Tóquio que fica na província de Gunma, no Japão. Tem uma população de pouco mais de 220.000 habitantes e sua economia é basicamente industrial.

Com o grande crescimento das indústrias na região, o poder público de Ota, em conjunto com as construtoras responsáveis pela criação dos novos espaços para receber novos moradores, elaboraram projetos sustentáveis investiram em energias renováveis.

Com um intenso subsídio governamental, kits de geração de energia fotovoltaica residencial foram instalados por toda a cidade e a produção de energia elétrica na cidade é basicamente feita pelas próprias casas.

Hoje em dia já é possível identificar mais de 1000 casas com módulos fotovoltaicos e por isso a cidade acabou ficando conhecida mundialmente como “cidade solar”.

Alguma dúvida com relação à energia fotovoltaica?

O sistema de produção de eletricidade a partir do efeito fotovoltaico é a melhor e mais barata solução energética do novo milênio!

O uso da energia fotovoltaica no Japão mostra isso para o mundo quando até suas cidades começam a construir sua independência energética, que aliás, é apenas um dos benefícios da energia solar fotovoltaica.

Produzir sua própria energia não é mais coisa de rico ou de países de primeiro mundo.

A GreenVolt está aqui, na região metropolitana de Belo Horizonte para ajudar você e sua empresa na eliminação da conta de energia.

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